Utilizando o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da Nasa, astrônomos descobriram que a estrela anã vermelha TRAPPIST-1 pode estar “enganando” observações que temos de um planeta com o tamanho da Terra, chamado TRAPPIST-1 b. Este mundo fica em um sistema solar a 40 anos-luz do Sol e é o mais próximo da estrela desse sistema, que conta ainda com outros seis planetas com o tamanho do nosso. A descoberta foi apresentada em 22 de setembro no periódico The Astrophysical Journal Letters.
Apesar de ser do tamanho da Terra, o TRAPPIST-1 b não apresenta sinais de atmosfera à sua volta. Segundo explica em comunicado Ryan MacDonald, astrônomo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e pesquisador parceiro da Nasa, a ausência desses indícios sugere que o mundo pode ser “rocha nua, ter nuvens no alto da atmosfera ou ter uma molécula muito pesada, como o CO2, tornando essa atmosfera pequena demais para ser detectada”.
Mas o principal destaque do estudo é a estrela orbitada pelo planeta, que pode afetar outras observações de exoplanetas. MacDonald alerta que será preciso descobrir como lidar com isso agora. Caso contrário, o especialista afirma que será muito mais difícil procurar sinais atmosféricos nos outros planetas da zona habitável desse sistema (são três: TRAPPIST-1 d, TRAPPIST-1e e TRAPPIST-1 f).
Fonte: Revista GALILEU