A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, no mês
de dezembro de 2023, a atividade do setor ficou estável (indicador de 50,0 pontos), após apontar queda em
novembro (47,9 pontos). Ademais, o índice encontra-se 1,9 ponto acima do registrado em dezembro de
2022 (48,1 pontos), está 8,6 pontos acima da média para meses de dezembro (41,4 pontos) e é 6,4 pontos
superior à sua média histórica (atualmente em 43,6 pontos). O número de empregados, por sua vez, voltou
a apontar aumento (52,3 pontos), depois de assinalar retração no mês anterior (47,9 pontos). O nível médio
de Utilização da Capacidade Operacional (UCO), em contrapartida, atingiu 48%, 2 pontos percentuais (p.p.)
acima do índice de novembro (46%), e 5 p.p. sobre do valor registrado em dezembro de 2022 (43%). Com
esse aumento, a UCO é a maior para o mês de dezembro desde 2014 (57%) e se iguala à sua média
histórica (hoje em 48%).
No que se refere aos indicadores avaliados trimestralmente, os empresários mostraram-se menos
insatisfeitos com a margem de lucro e com a situação financeira de suas empresas no quarto trimestre de
- Os resultados da Sondagem, revelam ainda, um arrefecimento nas dificuldades de acesso ao crédito
comparativamente à situação vigente no terceiro trimestre. O preço das matérias-primas, por outro lado,
permanece penalizando o segmento. O indicador de preço médio dos insumos alcançou 59,3 pontos,
mostrando aceleração no ritmo de aumento dos preços em relação ao trimestre anterior, cujo índice ficou
em 57,0 pontos (valores acima de 50 pontos indicam crescimento).
Entre as principais dificuldades enfrentadas pela Indústria da Construção potiguar no quarto trimestre de
2023, destacam-se, por ordem de importância: altas taxas de juros, elevada carga tributária, demanda
interna insuficiente, inadimplência dos clientes e falta de capital de giro.
Em janeiro de 2024, as expectativas dos empresários da Indústria da Construção potiguar para os próximos
seis meses são otimistas no que diz respeito ao nível de atividade (59,0 pontos), à compra de matériasprimas (59,0 pontos), aos novos empreendimentos e serviços (59,0 pontos) e ao número de empregados (56,6 pontos). A intenção de investimento, por seu turno, voltou a subir, alcançando 45,7 pontos: 12,7 pontos
acima do índice de dezembro (33,0 pontos), 8,7 pontos sobre o patamar de janeiro de 2023 (37,0 pontos) e
13,2 pontos a mais que sua média histórica (hoje em 32,5 pontos).
Comparando-se os índices avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados
divulgados em 26/01 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações
convergiram, com a diferença de que na indústria nacional, os empresários apontaram recuos no nível de
atividade (47,7 pontos) e no número de empregados (45,5 pontos), comuns para meses de dezembro, mas
menos intensos do que o observado em anos anteriores; e a situação financeira foi avaliada como
satisfatória (50,3 pontos), após dezoito meses reportando insatisfação (indicadores abaixo de 50 pontos).