Globo é condenada por imposição de padrões estéticos em ação movida por Veruska Donato

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região condenou a Globo a pagar uma indenização de R$ 50 mil por danos morais e “imposição de padrões estéticos” à ex-repórter da emissora Veruska Donato.

Demitida em 2021 após duas décadas de trabalho na empresa, a jornalista pede indenização de R$ 13 milhões por dívidas trabalhistas e assédios morais que incluiriam reclamações de ex-chefes relativas a sua aparência e peso. A ação também alega que Veruska sofreu etarismo (discriminação por idade) e que o estresse do ambiente de trabalho causou um quadro de esgotamento físico e mental.

No ano passado, Izabella Camargo, que trabalhou na Globo entre 2012 e 2019, depôs contra sua antiga emissora na ação judicial movida por Veruska.

Burnout

Além de ser amiga da jornalista, Izabella foi chamada para depor no caso porque recebeu cerca de R$ 500 mil de indenização após mover ação contra a Globo alegando que as condições de trabalho na emissora fizeram com que ela desenvolvesse síndrome de burnout.

Além de afirmar que as cobranças estéticas eram comuns na Globo, Izabella corroborou em juízo as acusações de assédio moral narradas por Veruska.

Na ação, Veruska Donato relata que aspectos de sua aparência como flacidez, ruga ou gordura eram alvos de críticas pelos chefes e no setor de figurino da Globo. A jornalista foi demitida quando estava de licença médica para tratar problemas de saúde mental.

A Globo não comenta casos judiciais, mas já alegou que não pressiona profissionais esteticamente.

Fonte: portalimprensa