Uma equipe de pesquisadores de diferentes partes do mundo utilizou o Instrumento de Espectroscopia da Energia Escura (DESI, na sigla em inglês) para criar o maior mapa 3D já feito do Universo, mapeando a estrutura em larga escala e monitorando aproximadamente 30 milhões de galáxias.
Os novos dados, divulgados nesta quinta-feira, 4, durante uma reunião da conferência científica da Sociedade Americana de Física na Califórnia, Estados Unidos, fornecem informações cruciais sobre a expansão do Universo ao longo de 11 bilhões de anos, com uma precisão superior a 1%.
De acordo com o portal Galileu, esta é a primeira vez que um período tão extenso de expansão cósmica é analisado com tal precisão, oferecendo informações importantes para o estudo da energia escura, uma força ainda enigmática que compõe a maior parte do Universo.
Localizado no Observatório Nacional de Kitt Peak (KPNO), no Arizona, EUA, o DESI possui 5 mil fibras ópticas operadas por um braço robótico, permitindo a observação do céu em grande escala.
Os resultados das novas análises confirmam o modelo de Universo atualmente aceito, conhecido como Lambda-CDM, que inclui matéria comum, matéria escura fria (MDL) e energia escura (Lambda), conforme previsto pela teoria do Big Bang. Enquanto a matéria conhecida e a matéria escura desaceleram a expansão do Universo, a energia escura acelera.
No entanto, essas descobertas levantam novas questões sobre a natureza da aceleração cósmica, que foi observada pela primeira vez em 2011 e rendeu o Prêmio Nobel de Física a três pesquisadores. Essa aceleração desafia certos aspectos da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.
Fonte: Revista Aventuras na História