Em breve, os recifes de coral podem se tornar algo do passado. É o que sugere um novo estudo, publicado no periódico Oxford Open Climate Change, na última quinta-feira (9). Elaborado por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, o novo artigo mostra que o branqueamento extensivo e as mortes de recifes de coral são generalizados em todo o mundo, escancarando as graves consequências do aquecimento global.
O ano de 2023 foi o mais quente já registrado na história em terra e nos oceanos. Análises meteorológicas mostraram temperaturas diárias extremas em 175 países, junto com os períodos mais longos de calor nos oceanos. No ano passado, também foi registrado o pior branqueamento de corais já registrado no Hemisfério Norte, com o Hemisfério Sul prestes a seguir a tendência de acordo com dados do início de 2024.
O fenômeno do branqueamento é causado principalmente pelas alterações na temperatura dos oceanos. Trata-se da perda de cor dos corais devido a ausência de pigmento das algas zooxantelas que vivem neles, que acaba sendo destruído em situações de estresse ambiental. Como consequência, o coral fica translúcido, com apenas sua calcificações visíveis.
Esse processo torna os corais mais vulneráveis a doenças e prejudica outros organismos que os habitam, como anêmonas e pequenos peixes.
Fonte: Revista Galileu