O Rio Grande do Norte registrou em setembro um saldo positivo de empregos com carteira assinada. No mês, foram 12.316 admissões e contra 10.84 demissões, resultando num saldo de 2.032 postos de trabalho. No entanto, no acumulado dos nove primeiros meses de 2016, o estado ainda registra um saldo negativo de 11.098 vagas. Nesse período, o único segmento em que as contratações foram superiores às demissões foi o das microempresas, aquelas com até 19 empregados, um comportamento que vem se repetindo nesse intervalo desde 2012.
No estado, o setor que teve o maior número de admissões foi o agropecuário, que de janeiro a setembro, registrou um saldo de 1387 empregos. Nos demais, o saldo foi negativo, sobretudo na construção civil que atingiu um patamar de 4.464 vagas perdidas, seguida do comércio com um saldo negativo de 3.961 postos de trabalhos. A análise é da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte, que acompanha mensalmente o comportamento do mercado de trabalho no estado a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE).
Analisando os dados nacionais, as micro e pequenas empresas voltaram a ter saldo positivo de empregos. Pelo segundo mês consecutivo, elas contrataram mais do que demitiram. Em setembro, o número de novas vagas de trabalho foi de 1.989. O resultado das micro e pequenas empresas foi positivo, enquanto as médias e grandes empresas encerraram quase 41 mil vagas no mês passado.
Em agosto e setembro foram criados 6,6 mil novos postos de trabalho pelos pequenos negócios. O resultado é mais uma prova de que a recuperação do mercado de trabalho passa pelo segmento. “Há uma perspectiva de evolução na geração de empregos e essa melhoria começa pelas micro e pequenas empresas”, afirma o presidente do Sebrae, Afif Domingos.
A geração de empregos pelos pequenos negócios foi puxada pelas empresas do setor de Serviços (novas 11.827 vagas), seguida pelas empresas do Comércio (novas oito mil). No acumulado do ano, a geração de empregos nas micro e pequenas empresas continua a apresentar um saldo negativo com a extinção líquida de 40.195 postos de trabalho de janeiro a setembro. No entanto, as médias e grandes empresas encerraram 661 mil vagas, número 16 vezes superior ao dos pequenos negócios.
Fonte: Agência Sebrae