Nas profundezas escuras das regiões abissais, uma gigante do oceano traz as cicatrizes da lula gigante que ela persegue. Ela busca a escuridão e sua ecolocalização pulsa através da coluna de água. Nesse momento, ela começa a zumbir, emitindo uma série de cliques rápidos, pouco antes de sair à caça.
Mas a técnica exata usada pela baleia cachalote para caçar lulas ainda é um mistério, bem como muitos outros aspectos da vida desses mamíferos. “Elas nadam lentamente”, explica a cientista marinha Kirsten Young, da Universidade de Exeter, no Reino Unido. E as lulas, por outro lado, são rápidas.
“Como [as baleias cachalote] conseguem caçar lulas se elas se movimentam a apenas 3 nós [5,5 km/h]? São as lulas que estão se movendo muito devagar? Ou as baleias as atordoam com suas vocalizações? O que acontece ali?”, pergunta ela. “Na verdade, ninguém sabe.”
Estudar os cachalotes não é uma tarefa fácil. Eles passam grande parte da vida se alimentando ou caçando em profundidades além do alcance da luz do sol. E podem mergulhar por mais de 3 km de profundidade, prendendo a respiração por duas horas.
Fonte: BBC Brasil