Brasil fora da lista de países com menos crianças vacinadas é fruto de trabalho coletivo, diz ministra

Pioneiro em campanhas de vacinação e exemplo para o mundo, o Brasil amargou em anos anteriores índices de vacinação abaixo do esperado. O cenário, no entanto, está sendo revertido de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) – que retirou o país da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas.

O avanço na vacinação das crianças foi celebrado, na quarta-feira (17), em visita da ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), em Brasília. “Esse foi um trabalho feito a muitas mãos. Nós tínhamos dados positivos já no final de 2023, mas isso ganha peso quando com o reconhecimento de uma agência com a importância da Unicef e da OMS”, ressaltou.

Nísia Trindade chamou a atenção para o fato de que ainda há espaço para avançar no campo da imunização, e que a eliminação das doenças determinadas socialmente também passa pela vacinação.

Relatório das organizações

O relatório da OMS/Unicef mostra que, no Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. O quantitativo de crianças brasileiras que não receberam a DTP3 também caiu: de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. No Brasil, a DTP é administrada pelo Programa Nacional de Imunizações, o PNI, como vacina pentavalente.

Os avanços brasileiros fizeram com que o país saísse do ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo. Em 2021, o Brasil ocupava o 7º lugar nesse ranking e, em 2023, ele não faz mais parte da lista. Foi justamente no ano passado que 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil apresentaram aumento das suas coberturas vacinais em todo o Brasil, se comparadas às coberturas registradas em 2022.

Entre os destaques de crescimento estão: as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP).