Cerca de oito vezes mais pessoas morrem de frio do que de calor na Europa atualmente. Mas é provável que essa proporção diminua até o fim do século. Um estudo publicado no periódico The Lancet Public Health sugere que, até 2100, as mortes por ondas de calor podem triplicar entre europeus, especialmente na região sul do continente.
O novo estudo, que considerou dados de 854 cidades europeias com populações acima de 50 mil habitantes, foi o primeiro a estimar mortes atuais e futuras em decorrência do calor com o nível de detalhes regionais oferecidos. O levantamento analisa, ao todo, 1.368 regiões em 30 países do continente.
Um aumento da temperatura global em 3ºC poderia elevar as mortes de 43.729 para 128.809 até o final do século em decorrência do calor. Já as mortes por frio sofreriam uma leve redução nesse cenário (de 363.809 para 333.703), mas permaneceriam altas. No total, as mortes relacionadas à temperatura aumentariam em 13,5%, e a maioria delas atingiria pessoas com mais de 85 anos.
Estima-se que, atualmente, 43,729 pessoas morram por causa do calor todos os anos. As taxas de morte pelas temperaturas excessivas são mais baixas no Reino Unido e nos países escandinavos, e mais altas na Croácia e nas partes mais centrais do continente.
Fonte: Revista Galileu