A II Unidade Regional de Saúde Pública (II Ursap), por meio do Programa de Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV/Aids e Hepatites Virais e a Equipe de Saúde Prisional do Centro de Detenção Provisória de Apodi (CDP) realizaram na terça-feira (27) testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C na unidade prisional.
Um total de 105 internos foram testados e foram realizados 420 testes. A ação visa evitar possíveis complicações que as doenças possam a vir causar na população carcerária.
“A testagem possibilita que o portador do vírus HIV tenha conhecimento de sua situação e inicie o tratamento o mais precocemente possível, aumentando sua qualidade de vida. O diagnóstico contribui, também, para interromper o ciclo de disseminação do vírus no ambiente prisional. Esse tipo de ação, além de ser positivo para o custodiado, já que permite que ele seja encaminhado ao tratamento adequado, também é bom para a segurança no trabalho dos policiais penais”, disse a Referência do Programa de Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais da II Ursap, Fabrícia Ariadina Medeiros de Oliveira.
A Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal) em seu art. 41, inciso VII dispõe que é um direito do preso o direito à saúde, especificando o que se entende por assistência à saúde em seu art. 14, que compreende como atendimento médico farmacêutico e odontológico.
Dados
De junho a dezembro de 2022, o HIV foi a principal doença transmissível em prisões estaduais do país entre homens, com 9.046 casos (32,3%). Entre as detentas, a maior transmissão foi de sífilis, com 1.413 casos (56,2%). O Brasil conta com mais de 800 mil pessoas privadas de liberdade e que 4.56% das pessoas em celas de unidades prisionais possuem diagnóstico de infecções como HIV, sífilis e a tuberculose.
Presentes ao evento a Referência do Programa de Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais da II Ursap, assistente social, Fabrícia Ariadina Medeiros de Oliveira, a técnica da II Ursap, Nilma Fernandes, a enfermeira de Saúde Prisional do Centro de Detenção Provisória (CDP), Marina Noronha, a enfermeira Laíse Lizandra e a técnica de enfermagem Geovania Gama.