O Monte Everest, localizado na fronteira entre o Nepal e o Tibete, é considerado o ponto mais alto planeta, com um cume que fica a uma distância de 8.849 metros do solo. Mas uma nova pesquisa feita pela University College, em Londres (Inglaterra) indica que esse número muda anualmente. Isso porque a montanha como um todo está crescendo.
A descoberta foi descrita nesta segunda-feira (30), em um artigo publicado na revista Nature Geoscience. Segundo os especialistas, o Everest está algo entre 15 e 50 metros mais alto do que o seu tamanho original. E o responsável por isso seria um rio do Himalaia: ele causou processo físico conhecido como “rebote isostático”, que aumentou a erosão no local.
Tal fenômeno é um efeito caracterizado pela elevação de uma seção da crosta terrestre após perda de massa. Mais leves, esses pedaços “flutuam” mais acima do nível do magma, uma vez que a pressão intensa do manto líquido abaixo é maior do que a força descendente da gravidade.
Os pesquisadores trabalham com a hipótese de que esse fenômeno foi desencadeado há 89 mil anos, quando o rio Arun se fundiu com um afluente do rio Kosi, que correm pelo Himalaia. Com o aumento do volume dessa bacia, que está apenas a 75 km do Monte, a erosão de rochas e solo da região pode ter se tornado mais intensa.
Fonte: Revista Galileu