Ações para impulsionar competitividade da indústria do RN são apresentadas como modelo para federações na CNI

Iniciativas para impulsionar a competitividade da indústria potiguar, elaboradas em uma parceria pioneira entre a Federação das Indústria do estado (FIERN) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), serão usadas como modelo para a regionalização do Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032, pela CNI, em território nacional. As medidas e ações estratégicas foram apresentadas pelo presidente da FIERN, Roberto Serquiz, aos presidentes das demais federações e para a diretoria da CNI na reunião da Confederação, nesta terça-feira (18), em Brasília.

Um dia antes, a coordenadora executiva de Relações Institucionais e com Mercado, Ana Adalgisa Dias, apresentou a parte operacional da confecção do plano para executivos das federações.

O Mapa Estratégico da Indústria é um projeto que aborda desafios e oportunidades para a indústria com uma visão de desenvolvimento, lançado pela Confederação. Por conta da atuação consistente do Observatório da Indústria Mais RN, em utilizar dados para apontar caminhos para o desenvolvimento econômico, o Rio Grande do Norte foi escolhido como primeiro estado a realizar esse trabalho de regionalização junto à CNI.

O trabalho piloto desenvolvido em conjunto resultou no levantamento de 123 iniciativas para a competitividade da indústria potiguar, 40 potenciais novas ações para a FIERN, 16 potenciais novas ações para a CNI, cinco sugestões de iniciativas e dois novos objetivos para o Mapa Estratégico da Indústria.

Entre as iniciativas para a competitividade da indústria, no tópico sobre Ambiente Regulatório está a atualização e aprimoramento da Lei 272/2004, que regula o licenciamento ambiental no estado; em Macroeconomia e Investimento, o mapa aponta como medida necessária a publicação da Política Industrial Estadual. Já no tema de Financiamento, é sugerido o desenvolvimento de um fundo garantidor para viabilizar as Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Roberto Serquiz destacou que os resultados do Mapa Estratégico vão ao encontro do que a FIERN tem proposto ao Poder Público, por meio de uma agenda propositiva em assuntos como legislação, logística e projetos para a indústria. “A tomada de decisão com base em evidências é onde se encontra o equilíbrio entre ousadia e a prudência, capaz de guiar o desenvolvimento com olhar atento e estratégico”, frisou Serquiz.

Além das medidas para a competitividade da indústria, o presidente da FIERN também listou potenciais novas ações para a Federação levantadas no Mapa Estratégico. Entre elas, no tópico de Ambiente Econômico, está o monitoramento de indicadores estaduais referentes à sustentabilidade fiscal do estado, elaborando um ranking público para consulta da sociedade.

No tópico Educação Profissional e Superior, está a formação de docentes e gestores das escolas SESI e SENAI nas áreas de gestão e liderança com foco em resultados. Já no ponto Tributação, o documento indica a realização de estudo sobre o impacto da reforma tributária sobre as indústrias que se beneficiam de incentivos fiscais.

Como potenciais novas ações para a CNI, o mapa lista o apoio à regulamentação da produção de energia eólica offshore e um estudo propositivo para incentivar os beneficiários do bolsa família a se empregarem com carteira assinada.

Nas sugestões de acréscimos de iniciativas para o próprio documento, está a indicação de assegurar a sustentabilidade financeira e o equilíbrio atuarial da previdência estadual. Já os novos objetivos para o Mapa Estratégico, estão ligados ao desenvolvimento regional e à infraestrutura aeroportuária.

Mapa Estratégico da Indústria

O Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032 é um documento que apresenta uma visão de longo prazo para o desenvolvimento e o crescimento da indústria brasileira, a partir da identificação dos principais fatores que afetam a sua competitividade. Lançado em 2023 pela CNI, a proposta é regionalizar a visão de desenvolvimento, abordando desafios e oportunidades para a indústria de cada estado.

Ao longo de 2024, foram realizados diversos encontros das equipes técnicas do Observatório Mais RN e da CNI junto a representantes dos setores industriais do Rio Grande do Norte para diagnosticar os gargalos e possíveis soluções. As equipes também se reuniram com diretores, gestores e técnicos do Sistema FIERN — composto por FIERN, SESI, SENAI e IEL — para alinhar ações estratégicas de desenvolvimento com os fatores-chave apresentados no plano da Confederação.

Também foram realizadas oficinas técnicas em áreas como Ambiente econômico, Baixo carbono, Comércio e integração internacional, Saúde e segurança e relações do trabalho, Educação, Desenvolvimento produtivo, tecnologia e inovação e Infraestrutura.