Alexandre Frota diz que queria ter ‘dado porrada na cara’ de Bolsonaro em reunião

Em entrevista ao podcast Casão Pod Tudo, do ex-jogador e comentarista esportivo Walter Casagrande Jr., que foi ao ar nesta segunda-feira (24), o ator e ex-deputado federal Alexandre Frota disse que teve vontade de dar uma “porrada na cara” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma reunião.

Frota diz que em uma conversa na sala do então presidente da República, no Palácio do Planalto, comentou que vinha recebendo inúmeros processos judiciais, inclusive de outros artistas, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, por ser apoiador e defensor de Bolsonaro, e que gostaria de poder contar com a ajuda dele e do PSL (então partido dos dois) para lidar com essas questões judiciais.

“Frota, a boca é sua, o B.O. é seu”, teria dito Jair Bolsonaro ao então deputado na ocasião. “Eu levantei puto! ‘Tava’ de líder do PSL, eu fui do Palácio (do Planalto) à Câmara (dos Deputados) à pé. Desfigurado, espumando. Minha vontade era ter dado uma porrada nele lá dentro daquela sala”, disse o ator.

Ainda ao podcast de Casagrande, Frota explica que seu rompimento com o então presidente Jair Bolsonaro aconteceu pouco depois de começar seu governo, por conta de um pedido de favor pedido a ele por Bolsonaro, e que posteriormente não teria sido cumprido pelo governo.

O que levou Frota a ter vontade de ‘dar porrada’ em Bolsonaro
Frota conta que ainda antes de iniciar seu governo em janeiro de 2019, Bolsonaro o procurou para que ele lhe sugerisse nomes para chefiar as secretarias que estariam abaixo da Secretaria Especial da Cultura (que substituiu o Ministério da Cultura extinto pelo governo), e que o ator teria indicado algumas pessoas de sua confiança para áreas estratégicas, mas que o então ministro da Cidadania Osmar Terra não teria levado as contratações adiante, deixando Frota em uma situação desconfortável.

Segundo o ator, ele teria procurado Terra e este lhe dito que procurasse o então ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni, para saber por que suas indicações não teriam sido acolhidas, uma vez que lhe foram solicitadas pelo próprio presidente da República. Lorenzoni teria dito a Frota que “não podia fazer nada” e que, por ele e Osmar Terra serem do Rio Grande Sul, haviam decidido ocupar as vagas com nomes do estado.

Fonte: Isto É Gente