Álvaro Dias quer privatizar Teatro Sandoval Wanderley e Complexo da Redinha

A política de privatização de Álvaro Dias volta a atacar, desta vez mirando diretamente no coração cultural de Natal. Em pleno recesso da Câmara dos Vereadores, na segunda-feira, 15 de julho, uma convocação inesperada foi feita para votar projeto executivo que vai entregar o Teatro Sandoval Wanderley e o Complexo Turístico da Redinha à iniciativa privada. A votação está marcada para quarta-feira, 17 de julho, às 9h na Câmara de vereadores.

Vale lembrar que o Teatro Sandoval Wanderley, fechado desde 2009 por não oferecer condições mínimas para eventos, estava em processo de recuperação desde 2022, com uma reforma orçada em R$ 6 milhões e previsão de conclusão para 2023, embora já atrasada. Mas aguardo somente a parte de mobiliário. Enquanto isso, o Complexo Turístico da Redinha, em pleno funcionamento, abriga vários comerciantes que dependem do movimento do espaço para sobreviver. A incerteza sobre o futuro desses comerciantes após a votação é alarmante, mesmo com promessas de contratos garantidos por três anos.

A administração de Álvaro Dias, com sua política privatista, parece determinada a entregar os espaços públicos de Natal para empresas privadas, distanciando a população da possibilidade de usufruir desses espaços sem estarem a serviço do capital. Diversos grupos de teatro, diretores, atores e atrizes denunciam essa medida como um ataque ao direito à cultura, tornando ainda mais difícil para esses grupos desenvolverem seus trabalhos sem arcar com custos de locação. O Teatro Sandoval Wanderley, o segundo mais antigo de Natal, deve estar a serviço do povo, e não nas mãos de empresas que irão explorar e tornar a cultura cada vez menos acessível.

Já o Complexo da Redinha deverá ser entregue a iniciativa privada deixando os comerciantes sem empregos e sem qualquer assistência. Agora, com essa política privatista, o espaço que faz parte da história e da cultura de Natal está prestes a ser entregue aos empresários do turismo, na maioria das vezes sem qualquer vínculo com a comunidade.

O ataque à cultura é um ataque ao povo. A privatização desses espaços públicos não só marginaliza a cultura local, mas também desrespeita o direito dos cidadãos de Natal de acessarem e usufruírem de bens culturais sem serem obrigados a pagar por isso. É um assalto à identidade cultural da cidade, uma tentativa de transformar tudo em mercadoria, subjugando a arte e o patrimônio ao lucro fácil.

A cultura não pode ser tratada como um produto à venda. O Teatro Sandoval Wanderley e o Complexo da Redinha devem permanecer como patrimônios públicos, acessíveis a todos, e não como propriedades privadas à mercê do capital. É preciso resistir a essa política entreguista e lutar pela preservação e valorização da nossa cultura.

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