Ambulatório Estadual de Saúde Trans chega à marca de 100 pessoas atendidas

O Ambulatório Estadual de Saúde Integral para a População Transexual e Travesti do RN – Murilo Gonçalves atingiu nessa quarta-feira (9) a marca de 100 pessoas atendidas no equipamento. São 50 mulheres trans e 48 homens trans, além de duas travestis, de Natal, Mossoró e mais 20 cidades do RN. Criado em 2020 e administrado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), o equipamento oferece atendimento multidisciplinar, acolhimento e cuidado às pessoas que estão em processo de transição de gênero.

A unidade conta com as especialidades de ginecologia, serviço social, psiquiatria, psicologia, mastologia, proctologia, urologia, enfermagem, dermatologia, cardiologia, reumatologia, ortopedia, nefrologia, infectologia, terapia ocupacional e nutricionista. “Ofertamos atendimento integral da forma que todo indivíduo tem direito através da multidisciplinaridade. Não há nada mais enriquecedor para o paciente do que uma equipe que conte com profissionais de formações diferentes, tendo como objetivo final a assistência integral”, destaca a coordenadora do equipamento, Dra. Manuela Alves.

O Ambulatório Murilo Gonçalves funciona na Clínica do Instituto Medicina Tropical, no Bairro das Quintas, em Natal, e tem parcerias da UFRN e da Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (Semjidh), que, além de oferecer suporte especializado e capacitação para os profissionais da unidade, também realiza a ponte entre o paciente e a Rede de Apoio. “É uma pauta histórica do movimento organizado da população LGBT aqui do estado, em especial de pessoas transexuais e travestis”, aponta a coordenadora da Diversidade Sexual e de Gênero (Codis) da Semjidh, Janaína Lima.

Mulher trans também atendida pelo Ambulatório, Janaína comenta sobre a importância do equipamento. “Estamos falando de uma população que foi negligenciada pelo sistema de saúde durante muito tempo. E a realidade da automedicação, com a utilização da hormonioterapia, de silicone industrial e diversos processos no campo da transição de gênero, infelizmente ainda é muito presente. Por isso é tão necessário criar uma porta especializada no SUS para atender a saúde de forma integral, que não é só hormonioterapia”, enfatiza.

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