Depois de o governo ter anunciado, em meio ao novo recorde de mortes por Covid-19, que 14 milhões de doses da vacina da Pfizer estarão disponíveis aos brasileiros, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fará hoje uma reunião para a discussão de documentos que permitam que o imunizante indiano Covaxin também seja usado em caráter emergencial no país. O encontro, agendado para as quatro da tarde, funciona como uma espécie de prévia antes de o laboratório protocolar o pedido para uso de emergência do fármaco no Brasil.
Nesta terça, a Precisa Medicamentos, que distribui a vacina com exclusividade no país, chegou a anunciar que a requisição para uso emergencial já havia sido protocolada junto à agência reguladora. Acabou desmentida pela própria Anvisa, que disse que a reunião de hoje servirá para analisar se existem dados suficientes que a permitam cogitar autorizar mais uma vacina em benefício dos brasileiros. Em uma etapa futura é que a farmacêutica poderá protocolar o pedido para comercializar o fármaco.
A vacina Covaxin faz parte dos planos do governo federal no Plano Nacional de Imunizações (PNI), embora sequer tenha obtido anuência da Anvisa ou tenha feito testes clínicos com voluntários brasileiros. A ideia do Ministério da Saúde é receber 20 milhões de doses do imunizante até maio. Ela também é a menina dos olhos de clínicas privadas, que negociam paralelamente com o laboratório Bharat Biotech a importação dos insumos para a venda a grupos prioritários.
Fonte: Revista Veja