Após protestos, líder cubano reconhece crise e culpa EUA

O presidente do conselho de Estado de Cuba, Miguel Díaz-Canel, culpou nesta segunda-feira (12/07) os Estados Unidos pelos protestos históricos registrados no domingo em todo o país e disse que os atos foram uma tentativa de desacreditar o seu governo e a revolução comunista. Em transmissão ao vivo pela televisão e pelo rádio, o líder comunista, cercado por vários de seus ministros, acusou “mercenários pagos pelos Estados Unidos” de organizar os protestos massivos, embora tenha admitido que também participaram dos atos cidadãos “confusos” com a “falta de informação” sobre os problemas que o país enfrenta.

No domingo, milhares de cubanos saíram às ruas em Havana e em outras cidades do país para protestar contra a falta de comida, medicamentos e energia elétrica em meio à pandemia. Os protestos estão sendo considerados a maior demonstração de insatisfação popular nas ruas em três décadas.

Díaz-Canel disse que a intenção de Washington é impor “uma política de sufocação econômica para provocar revoltas sociais no país”. Ele garantiu que seu governo está tentando “enfrentar e superar” as dificuldades diante das sanções dos Estados Unidos, reforçadas desde o mandato de Donald Trump. Para ele, os EUA querem provocar “mal-entendidos” entre os cubanos. A Casa Branca disse nesta segunda-feira que os protestos que os protestos em Cuba foram “espontâneos” e negou que as sanções impostas pelos Estados Unidos tenham agravado a crise econômica no país. No entando, os EUA asseguraram que estão avaliando como ajudar “diretamente” o povo cubano.