Um grupo de 60 associações de defesa dos direitos de pessoas trans de 22 países denunciou os assassinatos dessa população no Brasil à Organização das Nações Unidas (ONU). Em carta divulgada na quarta-feira (14), as organizações citam “a extrema violência generalizada”, a impunidade e a falta de medidas por parte do governo para erradicar esses problemas.
Há uma semana, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que também assina a carta, informou que ao menos 80 pessoas trans foram mortas no Brasil no 1º semestre deste ano. Em 2020, foram 175, um recorde desde quando a entidade começou a contabilizar esses crimes, em 2017. Com isso, o Brasil manteve a posição de país que mais mata trans no mundo, à frente de México e Estados Unidos, segundo a ONG Transgender Europe (TGEU), que monitora 71 países.