Situado no Centro de Convivência Djalma Marinho, no Campus Central da UFRN, o ateliê do Núcleo de Arte e Cultura (NAC/UFRN) é um local destinado à prática e à produção artísticas que oferece cursos à comunidade. Nesta segunda oferta do ano, o ateliê abre oito turmas para atividades como pintura, desenho, aquarela, gravura e texturização. Com duração de dois meses, de outubro a dezembro, a formação recebe inscrições pelo Sigaa.
Os cursos do ateliê objetivam promover atividades relacionadas à educação básica para crianças, adolescentes e interessados a partir dos 16 anos em diante. Nesse sentido, os exercícios e conteúdos propostos são voltados para cada público. Além disso, a prática funciona como campo de estágio para estudantes do curso de licenciatura em Artes Visuais, contribuindo ainda para a política de cultura da UFRN e prestigiando a arte realizada no estado do Rio Grande do Norte.
A expressão artística auxilia na exteriorização das emoções, aprimorando a capacidade de vivenciar e interpretar o que se sente por meio do desenho e da pintura. “As pessoas associam a prática artística à possibilidade de se expressar, pelo uso de imagens desenhadas, pintadas ou feitas em outras linguagens, suas ideias, sensações, angústias, desejos, memórias e experiências. Mas a arte vai além disso, ela também define o que chamamos de espírito do tempo: pensamentos, conceitos e manifestações estéticas associadas a um período histórico”, diz Bettina Rupp, responsável pela ação.
Bettina também mencionou que os cursos ajudam os participantes a desenvolverem a psicomotricidade fina, a maneira como usamos os nossos braços, mãos e dedos, as noções de proporção e perspectiva, a visão espacial, a imaginação e a criatividade. E, como se isso tudo não fosse bastante, o desenho desenvolve ainda a memória, percepções do olhar e como traduzir aquilo que se observa para uma linguagem específica, como o desenho com grafite.
Assim, participar da ação promovida pelo NAC é uma oportunidade excepcional para se desenvolver novas habilidades motoras e práticas socioemocionais. “Há quem utilize a arte como terapia, pois é um momento que a pessoa tem só para si e que propicia alta concentração em uma única atividade. É importante se desligar do mundo exterior e sentir o prazer de produzir algo por você mesmo e, nesse sentido, é interessante exercitar o pensamento visual por meio do desafio que a arte nos coloca, traduzir aquilo que vemos ao nosso redor em uma nova linguagem. Aliás, não basta apenas traduzir, é preciso ainda que o resultado do processo fique interessante ou faça sentido para quem está realizando o trabalho”, finaliza Rupp.