A auditora fiscal do Rio Grande do Norte Alyne Bautista foi presa ontem (14) pela Delegacia de Combate à Corrupção do Estado. Nem ela, nem os parentes sabem ainda o motivo da detenção porque o caso está em segredo de Justiça, mas acreditam que a prisão seja uma represália às denúncias feitas por Alyne contra o juiz Jarbas Bezerra pela compra de R$ 4 milhões em livros, sem licitação, voltados para a promoção de cidadania entre jovens, efetuada pela secretaria de Educação do Estado. Duas compras teriam sido realizadas pelo governo de Robinson Faria (PSD), uma pela Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania), e uma última na gestão da atual governadora Fátima Bezerra (PT), também via Secretaria de Educação.
Alyne foi acordada, junto com o marido, às 6 horas da manhã por policiais armados, um deles com fuzil, que cumpriram um mandado de busca e apreensão. Ao fim da operação, a delegada do caso teria solicitado que Alyne a acompanhasse até a delegacia, mas como é diabética e faz parte do grupo de risco para covid-19, a auditora fiscal recusou o convite. A chefe da operação anunciou, então, a existência de um mandado de prisão contra Alyne, que foi levada para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Parnamirim. Apesar de doente, ela está numa cela coletiva, junto com outras pessoas que também foram detidas e não passaram por qualquer tipo de quarentena.
Fonte: Saiba Mais (adaptado)