“Aurora” de rádio é observada em mancha solar pela primeira vez

Em um estudo publicado no último dia 13 de novembro na revista científica Nature Astronomy, pesquisadores do Centro de Pesquisa Solar-Terrestre do Instituto de Tecnologia de New Jersey (NJIT-CSTR), nos EUA, detalham emissões de rádio semelhantes a auroras ocorrendo 40 mil quilômetros acima de uma mancha solar. Esse é o nome de regiões escuras e frias no Sol. Normalmente, esses fenômenos acontecem em magnetosferas planetárias, como as da Terra, de Júpiter e Saturno, além de estrelas pouco massivas.

Mas essa observação surpreendeu os cientistas e abre novas possibilidades. “Detectamos um tipo peculiar de rajadas de rádio polarizadas de longa duração emanando de uma mancha solar, persistindo por mais de uma semana”, relata o astrônomo solar Sijie Yu, que atua no NJIT-CSTR, em comunicado. “Isso é bastante diferente dos típicos surtos solares de rádio transitórios, que geralmente duram minutos ou horas. É uma descoberta empolgante que tem o potencial de alterar nossa compreensão dos processos magnéticos estelares.”

Na Terra, as auroras boreal (no polo norte) e austral (no polo sul) ocorrem quando as atividades solares perturbam a magnetosfera terrestre. Isso facilita a precipitação de partículas carregadas para as regiões polares do nosso planeta, onde o campo magnético converge e interage com átomos de oxigênio e nitrogênio na alta atmosfera.

Fonte: Revista GALILEU

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