Big tech força redes sociais alternativas a adotarem moderação

O Parler, rede social que por alguns poucos meses foi uma das principais plataformas da extrema direita nos Estados Unidos, voltou a ver a luz do dia em meados de fevereiro, depois de mais de um mês às escuras, praticamente off-line. Saiu do ar em 11 de janeiro não por iniciativa própria, mas principalmente pela decisão da Amazon de não mais abrigá-la em seus servidores. Não bastasse isso, Google e Apple removeram o Parler de suas lojas de aplicativos —as maiores do mundo. A plataforma, que ganhou território junto à direita alternativa por causa do seu posicionamento inflexível acerca de liberdade de expressão, voltou ao ar após transferir seu domínio para o Epik, serviço que também abriga o site Infowars, a rede social Gab e que por algum tempo hospedou o fórum 8Chan.

Em seu retorno, o Parler trouxe diretrizes de comunidade atualizadas, nas quais se compromete a remover conteúdos que incitem crimes, delitos civis ou outros atos ilegais —algo tacitamente tolerado antes de ser punido pelas Big Techs. Ou seja, aceitou moderar conteúdo.

Embora ceder à moderação de conteúdo não esteja no objetivo de muitas redes sociais menores que se propõem a defender qualquer tipo de expressão pessoal, mesmo que violento e danoso para a sociedade, o movimento passou a ser uma forma de sobrevivência à desplataformização para esses arautos da liberdade de expressão no mundo dominado pelo poder econômico de um punhado de empresas gigantes, especialmente na sequência dos ataques de militantes de extrema direita ao Congresso norte-americano, em 6 de janeiro deste ano —mas antes disso também.

Fonte: El País Brasil

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