Blogueiro de Natal é condenado a prisão e pagamento de multa por calúnia, mas permanece em liberdade

O blogueiro potiguar Gustavo Negreiros foi condenado a oito meses e vinte e seis dias de detenção, além de multa em crime de calúnia contra o diretor-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern), Gilton Sampaio de Souza.

Por não se tratar de crime com violência ou grave ameaça e a privação de liberdade ser inferior a quatro anos, pode ser substituída por pena restritiva de direitos, com prestação de serviços à comunidade. Nesse contexto, a sentença do juíz Francisco Gabriel Maia Neto assegura o direito de Gustavo permanecer em liberdade.

Gustavo Negreiros é o mesmo comunicador que afirmou ao vivo em um programa de rádio que a ativista Greta Thunberg “precisava de sexo” e acusou Marielle Franco de ser miliciana.

Em fevereiro de 2019, Negreiros acusou Gilton de prevaricação, ao escrever que o professor e pesquisador utilizara passagens aéreas pagas pela instituição pública e participava de atos administrativos sem tomar posse no cargo de diretor-presidente da Fapern, órgão que tem a função de apoiar e difundir pesquisas tecnológicas.

A publicação mentirosa dizia ainda que bolsistas da Fundação estavam sem receber salários porque o professor ainda não havia tomado posse e assinado o convênio que liberaria as referidas bolsas.

Em queixa-crime, Gilton Sampaio apontou que as declarações são criminosas e lhe afetavam a honra e a imagem nacionalmente. Gilton é professor efetivo da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) desde 1994, doutor em Linguística e Língua Portuguesa e PhD em Estudos Comparados – Português/Francês.

Gilton argumentou ainda que as passagens foram adquiridas com seu próprio dinheiro, e que foi nomeado para a presidência em 5 de janeiro de 2019, não sendo possível tomar posse devido aos trâmites burocráticos necessários para a efetivação de sua cessão da UERN para a Fapern, que teve pedido realizado de imediato. Também não havia relação entre a posse do gestor e atraso de pagamento de bolsas.

Fonte: Saiba Mais