Brasileiros criam película que preserva frutas e verduras 5 vezes mais

Com o uso de uma película comestível contendo extrato de abricó, fruta abundante na região Norte do país e no Estado de Minas Gerais, pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), em parceria com o Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), conseguiram estender de três para 15 dias a vida útil de maçãs e mandioquinhas minimamente processadas. O FoRC é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP).

Além da melhoria na conservação, o uso do produto elevou nos alimentos a quantidade de compostos fenólicos, que são substâncias com efeitos antioxidantes e antimicrobianos comprovados.

A película foi feita com uma combinação de pectina (carboidrato solúvel presente na parede celular de vegetais e usado para dar consistência em geleias) e glicerina (plastificante comestível que dá flexibilidade à película). Depois, foi incorporado ao material o extrato da polpa de abricó, que é rico em compostos fenólicos, como quercetina, miricetina e kaempferol.

Além de aumentar a durabilidade dos alimentos, evitando o desperdício, a película também torna os vegetais mais saudáveis para o consumidor em função da alta carga de compostos fenólicos. “São compostos estudados há muito tempo pela ciência de alimentos, que já se mostraram importantes para aumentar a longevidade e reduzir os riscos de doenças crônicas”, explica Luciana Rodrigues da Cunha, professora da Ufop e coordenadora da pesquisa. “A película ainda tem o potencial de substituir os conservantes artificiais.”

Fonte: Revista GALILEU

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