BURNOUT: Demissão silenciosa: entenda a tendência lançada pela geração Z

Como você deve ter lido, há uma nova tendência e um movimento emergente no mundo corporativo conhecido como #QuietQuitting (ou “demissão silenciosa”, em português). Um vídeo do TikTok sobre o assunto publicado em julho pelo perfil @zkchillin (agora @zaidleppelin) viralizou, e muitos usuários responderam com suas opiniões e experiências. O termo #QuietQuitting ganhou mais de 8 milhões de visualizações na plataforma apenas na semana passada.

Especialistas em carreira e sites de crescimento profissional estão tentando definir o que significa esse movimento, por que ele está ganhando tanta popularidade agora e como é importante tanto para funcionários quanto para empregadores.

Assim como a “Grande Demissão” começou como uma frase (cunhada pelo professor Anthony Klotz, que estudou as saídas de centenas de profissionais em sua entrevista à Bloomberg Businessweek), o quiet quitting tem o poder de catalisar algumas importantes reavaliações sobre trabalho e carreira.

O que é quiet quitting?
O termo está em alta no TikTok e teve repercussão em outras plataformas e sites de mídia e carreira. O nome é um pouco enganador, porque ele não se refere a deixar seu emprego ou fazer planos para fazer isso “silenciosamente”.

Na verdade, ele discute limitar as tarefas profissionais apenas ao que está estritamente definido na descrição do seu trabalho. Ou seja, não assumir mais deveres e tarefas do que sua função atual estabelece e fazer o mínimo que puder para concluir o trabalho necessário, mas fazendo isso bem.

O objetivo é evitar o burnout ao trabalhar mais horas do que o necessário e fazer mais do que você foi contratado para fazer – sem ser remunerado por isso.

Esse movimento também dá voz a todos aqueles que estão insatisfeitos com a forma como são tratados por seus empregadores, que forçam os funcionários a voltar aos escritórios quando os acordos remotos eram aceitáveis ​​e produtivos e não pagam pelo trabalho extra que é feito.

Por que ganhou popularidade agora?
A pandemia trouxe muitos desafios de trabalho que estão contribuindo para o burnout, a depressão, a ansiedade, a raiva e um sentimento de falta de controle sobre nossas vidas.

E esses desafios estão recaindo ainda mais sobre as mulheres, que muitas vezes também têm que conciliar mais responsabilidades domésticas, cuidados com crianças e idosos e ajudar na educação dos filhos.

O novo normal de “trabalho remoto”, apesar de ter alguns benefícios, pode borrar os limites entre casa e trabalho e tornar ainda mais difícil sentir quando “terminamos” o trabalho pelo qual estamos sendo pagos.

Fonte: Forbes Brasil