Butantan ameaça exportar doses da CoronaVac aos países vizinhos

Depois de firmarem contrato, no início do ano, para o fornecimento de 46 milhões de doses da CoronaVac, o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan vivem um novo capítulo da relação conturbada entre o governo federal e o de São Paulo. A instituição de pesquisa, que produz a vacina desenvolvida pela Sinovac no Brasil, cobra uma resposta da pasta para o lote adicional de 54 milhões de doses, que foi oferecido no primeiro acordo assinado entre os dois entes públicos. Caso não haja manifestação do ministério, o Butantan exportará os imunizantes a países da América Latina que anunciaram interesse.

O diretor do instituto, Dimas Covas, disse ontem que aguarda a resposta até o final desta semana, pois, na próxima, pretende fechar contratos com os países. O ministério, por sua vez, rebate citando uma cláusula de exclusividade do acordo com o instituto que prevê que “a contratante terá o direito à exclusividade da vacina”.