“Cabeção” perde a cabeça e debate da Inter TV Cabugi é interrompido

Naquele que deveria ser um dos momentos mais importantes da campanha eleitoral de Natal, vimos, em vez disso, um espetáculo de descontrole protagonizado por Carlos Eduardo Alves, candidato à prefeitura e ex-prefeito da cidade. Em um debate promovido pela Inter TV Cabugi, o que era para ser uma troca de ideias e planos transformou-se em uma cena de confronto e desordem, culminando na interrupção do evento.

Carlos Eduardo Alves, que ironicamente adotou o apelido “Cabeção” como parte de uma estratégia de marketing político, mostrou que a cabeça, no sentido figurado, parece não estar no lugar. A escolha do apelido, que antes o incomodava, agora parece um sinal de que ele tenta abraçar a crítica em vez de enfrentá-la. No entanto, o debate mostrou que o apelido não é apenas uma questão de marketing, mas uma metáfora para a sua dificuldade em manter-se equilibrado sob pressão.

Este foi o único debate de toda a campanha em que Carlos Eduardo Alves participou, e curiosamente, ele mostrou exatamente por que tanto evitava tais confrontos. A troca acalorada com o candidato Paulinho Freire, que resultou em acusações inflamadas e a necessidade de um intervalo, evidenciou o despreparo emocional e político do candidato. Uma famosa citação de Aristóteles diz: “A paciência é amarga, mas seu fruto é doce.” Um líder deve ser paciente e equilibrado, qualidades que não vimos em Carlos Eduardo Alves durante o debate.

O que se espera de um líder é, acima de tudo, equilíbrio e capacidade de dialogar respeitosamente com adversários. A postura exibida por Carlos Eduardo não só prejudicou sua imagem, mas também levantou questões sobre sua capacidade de lidar com as inevitáveis pressões e desafios que acompanham a liderança de uma cidade como Natal.

A política não é um ringue, e os cidadãos esperam mais do que respostas enérgicas e ataques pessoais; esperam visão, clareza e, principalmente, equilíbrio. Talvez seja hora de “Cabeção” refletir sobre o que realmente significa ter uma cabeça no lugar, não apenas em termos de marketing, mas em termos de liderança e serviço público. Ah e “Cabeção” também não significa em alguns casos grande inteligência. Nem sempre tamanho é documento. As vezes pode ser até limitação.