Pelo menos 1.081 pessoas morreram na Arábia Saudita durante a peregrinação islâmica anual a Meca, chamada Hajj, segundo um levantamento da agência de notícias AFP divulgado nesta quinta-feira (20/06), que aponta ainda que mais da metade das vítimas eram peregrinos não registrados junto às autoridades locais.
O balanço inclui 658 cidadãos egípcios. De acordo com um diplomata árabe citado pela AFP, “todas as mortes devem-se ao calor” na região de Meca. Os números foram compilados com base em comunicados oficiais ou dados divulgados por diplomatas dos países de origem das vítimas. O reino fundamentalista saudita não tem divulgado números sobre mortes.
Além dos egípcios, segundo o levantamento, também morreram peregrinos da Malásia, Paquistão, Índia, Jordânia, Indonésia, Irã, Senegal, Tunísia e do Curdistão iraquiano. Na quarta-feira, a agência de notícias oficial da Jordânia informou que 41 cidadãos do país que faziam a peregrinação haviam morrido.
No último domingo, as autoridades sauditas se limitaram a afirmar que mais de dois mil peregrinos haviam recebido atendimento por stress térmico.
O Hajj, que tem a data determinada pelo calendário lunar islâmico, aconteceu este ano entre 14 e 19 de junho, a poucos dias do início do sufocante verão saudita. O centro nacional meteorológico do país informou na segunda-feira que os termômetros chegaram a marcar 51,8ºC na Grande Mesquita de Meca, a cidade sagrada onde o profeta Maomé teria iniciado a sua pregação.
Fonte: DW Brasil