Candidatos relatam erros de enunciado e plágio na prova objetiva do XXXIV Exame de Ordem

No último dia 20, milhares de estudantes e bacharéis em Direito se apresentaram para prestar a prova da primeira fase do XXXIV Exame de Ordem Unificado, com a aprovação sendo requisito indispensável para a inscrição na segunda fase do certame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), marcada para o dia 24 de abril. No entanto, candidatos e professores relatam erros e falhas na própria formulação das questões e em seus respectivos gabaritos.

A problemática no certame ficou ainda mais evidente com a divulgação de flagrante de plágio em uma das questões de Direito Penal (63 da prova branca). O coletivo Erros Exame OAB @errosexameoab apurou que o enunciado era uma cópia da questão 57 da prova da IMBEL realizada no ano passado, reproduzindo inteiro teor do enunciado, inclusive com as mesmas alternativas.

O advogado do coletivo Erros Exame OAB, Pedro Auar, que representa diversos candidatos em ações contra as falhas do certame, pontua que o ocorrido reflete uma queda progressiva na qualidade do Exame de Ordem. “Não é de hoje que brigamos na justiça contra os erros do certame. O flagrante demonstra a falta de esmero e compromisso da Ordem com a probidade e a lisura do exame”, afirma, acrescentando que “essa desídia da OAB com o certame não reflete a própria importância social do Exame de Ordem na vida dos candidatos, que precisam da aprovação para ganhar o seu sustento”.

Diante do imbróglio, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil emitiu nota na noite de ontem (22) informando aos candidatos a anulação da questão e a atribuição da sua pontuação correspondente a todos os candidatos. O Rota Jurídica entrou em contato com a assessoria da OAB mas até o fechamento desta reportagem não obteve resposta. O espaço continua aberto para manifestação.

Pedro Auar salienta que a anulação não resolve a confusão que, segundo ele, é sistemática. “Precisamos atualizar e melhorar a qualidade do certame. Esse tipo de erro não é justo com o candidato que pagou caro, 260 reais, mais material atualizado, mais cursinho, mais cinco longos anos de faculdade, para chegar na hora da prova e se deparar com erros grosseiros e plágio. A anulação de ontem evidentemente não resolveu os demais erros da prova”.

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