Na 42ª edição do BRIT Awards, que aconteceu na última terça, 8 de fevereiro, Adele venceu os prêmios de Álbum do Ano, Música do Ano e Artista do Ano. Esta última categoria rendeu uma polêmica após o discurso da cantora ao receber o troféu. A autora de “Easy On Me” foi acusada de transfobia após dizer que “ama ser mulher.”
Primeiro, é importante contextualizar. Essa é a primeira vez que o prêmio de Artista do Ano não é dividido entre artistas femininos e masculinos para não excluir pessoas não binárias e reconhecer a todos “exclusivamente pela música e trabalho, em vez de como escolhem se identificar ou como outros podem vê-los.” No discurso de aceitação da estatueta, Adele disse: “Diria que entendo porque o nome deste prêmio mudou, mas realmente amo ser mulher e ser uma artista feminina. Eu amo. Estou muito orgulhosa de nós, realmente estou.”
O discurso causou repercussões nas redes sociais e Adele foi chamada de transfóbica pela fala. Alguns internautas, inclusive, anunciaram boicote às músicas da cantora alegando que ofendeu pessoas não binárias e transgênero, de acordo com o Pleno News. “Quem pensaria que Adele era transfóbica e usaria sua plataforma para pedir a destruição da comunidade trans,” escreveu um usuário.
Outras pessoas, no entanto, defenderam a artista. A jornalista e ativista de direitos humanos Inna Shevchenko escreveu: “Bem-vindos ao Admirável Mundo Novo Inclusivo. Agora dizer ‘realmente amo ser uma mulher, realmente amo ser uma artista feminina’ é o suficiente para ser rotulada como TERF [termo pejorativo para denominar feministas que excluem direitos de pessoas trans] e transfóbica.”