Cartões de mães são os mais usados por parentes em sites de compra

Mais da metade das compras em marketplaces com o uso de cartões de crédito de parentes foram feitas com cartões pertencentes às mães dos titulares das contas nos sites de comércio eletrônico.

Pesquisa da Serasa Experian feita em outubro analisou as compras realizadas com os cartões de parentes. Entre as mais de 60 mil transações consideradas no estudo, 65,9% foram finalizadas com cartões de mães. Na sequência foram usados os de irmãos (14,9%), filhos (12,6%), avós (3,2%), tios (1,9%). O parentesco menos comum nessas operações foram outros (1,5%), o que inclui pais, netos ou sobrinhos.

Contestações
Ao avaliar o risco relativo de contestação das transações online analisadas, a pesquisa mostrou que as compras feitas com os cartões de avós são mais contestadas do que as realizadas com os cartões de outros parentes. Elas têm 153,8% mais chances do que cartões de filhos, de 135,7% que irmãos e risco 73,7% maior que o das mães.

Para o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da empresa, Caio Rocha, quando uma transação online deste tipo é contestada pelo titular, é sinal de que uma fraude pode ter ocorrido. Rocha acrescentou que a solução ideal é que o dono do cartão e as empresas, se protejam contra fraude em ambientes digitais para evitar prejuízos financeiros.

“Emitir cartões digitais temporários, por exemplo, é um bom caminho para os consumidores aumentarem a segurança em compras online, e investir em um processo inteligente de combate à fraude, com uma camada adicional que protege as compras feitas em ambientes digitais ajuda as empresas a identificar fraudadores com mais eficiência”, sugeriu.

Fraudes
Dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, apontaram que nas investidas criminosas registradas no primeiro semestre de 2023, 45,5% foram no setor de bancos e cartões.

Na avaliação da Serasa, outro dado alarmante foi o crescimento de 18% na quantidade de incidentes ligados a cartões bancários no último trimestre de 2022, em relação ao período anterior, conforme indicou o último Relatório Global de Identidade e Fraude da Serasa Experian.

O gerente-executivo da Serasa Experian, Pedro Moreno, revelou que na pandemia muitos negócios físicos deixaram de existir e passaram a ser digitais para conseguir ultrapassar o período de dificuldades e os proprietários não se preocuparam com prevenção a fraudes.

“Vimos uma avalanche de golpes e as tentativas de golpes aumentaram muito nesse período. Com isso, lançamos o Fraudômetro, que é uma iniciativa de alertar pessoas e empresas a se prevenirem dos golpes”, disse à Agência Brasil, indicando o site para consultas lançado no meio deste ano.

Fonte: Agência Brasil