Cemitério com túmulos de 800 caçadores de baleias é escavado na Noruega

A indústria de caça às baleias na Noruega existiu por 200 anos. Durante os séculos 17 e 18, a gordura desses animais era transformada em óleo, e seus ossos serviam à produção de itens sombrinhas e espartilhos. Mas muitos baleeiros morriam nas expedições, o que levou à criação de cemitérios exclusivos para eles. No arquipélago norueguês de Svalbard, já foram identificados cerca de 800 túmulos que estão, aos poucos, sendo levados para o mar devido à erosão.

“Em nenhum outro lugar há tantos túmulos bem preservados representando partes da população europeia desse período”, disse a pesquisadora Lise Loktu, ao site ScienceNorway. A prática da caça expunha os baleeiros a doenças como o escorbuto, que é causado pela falta prolongada de vitamina C, presente em frutas e verduras.

Os esqueletos estão preservados devido ao clima frio e ao permafrost (solo congelado), e foram encontrados restos de pele, cabelos e vísceras. Caixões, equipamentos e roupas também estavam em bom estado de conservação.

A pesquisadora explica que, na Europa, sabe-se muito a respeito de vestimentas de pessoas da classe alta, mas pessoas comuns são pouco representadas nos museus. “Vemos que eles consertavam e usavam suas roupas por muito tempo. Eram pessoas pobres”, afirmou Loktu a respeito dos baleeiros. Ele acrescentou que os caçadores de baleia não usavam roupas especiais para a caça, mas roupas de inverno comuns.

Fonte: Revista Galileu

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