Cientistas descobrem cor inusitada do céu noturno em Marte

Um céu iluminado com a cor verde poderá ser observado em Marte por futuros astronautas que explorarem as regiões polares do Planeta Vermelho. O brilho noturno seria forte o suficiente para, sob um céu limpo, ser possível vê-lo da superfície do planeta a olho nu. O fenômeno foi detectado pela primeira vez na atmosfera marciana pela sonda Trace Gas Orbiter (TGO), que faz parte da missão ExoMars, da Agência Espacial Europeia (ESA). A descoberta foi publicada na Nature Astronomy no último dia 9 de novembro.

Aurora ou brilho noturno?
O brilho noturno pode ser confundido com as auroras, mas é um fenômeno distinto. Tanto na Terra quanto em Marte, as auroras são formadas a partir do contato de partículas energéticas provenientes do vento solar com a atmosfera. Já o brilho é provocado pela radiação diária do Sol, que leva os átomos presentes na atmosfera superior a emitirem luz para liberar seu excesso de energia.

Ambos os fenômenos podem apresentar uma ampla gama de cores dependendo de quais gases atmosféricos são mais abundantes em diferentes altitudes, mas o brilho noturno tende a ser mais homogêneo do que as auroras, que variam no espaço e no tempo.

No lado noturno da Terra, essa emissão de luz verde é fraca e pouco visível quando comparada ao brilho noturno de Vênus e, agora, de Marte – mas ainda pode ser observada em algumas imagens espaciais.

Orbitando Marte
A sonda TGO orbitou o planeta a uma altitude de 400 quilômetros e monitorou o lado noturno de Marte usando o canal ultravioleta-visível do espectrômeto NOMAD.

Fonte: Revista GALILEU

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