Em 1845, uma expedição marítima com 129 marinheiros liderados pelo explorador John Franklin saiu da Inglaterra para navegar no mar do Ártico, ao norte do Canadá. Lá, no mar congelado, um desastre ocorreu. Os navios ficaram presos no gelo, e os que sobreviveram à fome tentaram fugir da prisão e chegar a terra firme. Ninguém sabe exatamente os detalhes, mas todos morreram.
Agora, usando métodos de análise de DNA, cientistas conseguiram identificar um dos protagonistas dessa história: o capitão James Fitzjames, o terceiro na hierarquia da expedição de Franklin. Ele é apenas a segunda vítima já identificada da tragédia até agora.
Seus restos mortais ajudam a recontar a história da expedição perdida, e revelam uma informação sombria: Fitzjames foi vítima de canibalismo, devorado por seus companheiros famintos em meio ao deserto de gelo.
O que aconteceu na expedição
A viagem dos exploradores contava com dois navios: Erebus e Terror. Fitzjames era o capitão do primeiro, e, na hierarquia da expedição, só estava abaixo do explorador chefe John Franklin e de seu braço direito, Francis Crozier. A ideia era contornar o continente americano por cima, passando do oceano Atlântico para o Pacífico, e mapeando assim uma nova rota de navegação.
No final de 1845, os barcos navegavam ao longo da costa norte do Canadá quando ficaram presos no gelo, sem conseguir avançar. E assim os 129 homens ficaram isolados – por um ano e meio. Registros escritos pelos exploradores neste período mostram o terror: aos poucos, homens foram morrendo de fome, frio, doenças ou um combo de tudo isso. O próprio líder da missão, John Franklin, morreu em 11 de junho de 1847.
Fonte: Revista Superinteressante