Mesmo com o início da propaganda eleitoral e com a maior exposição na TV, o desempenho dos candidatos à Presidência nas pesquisas de intenção de voto se manteve estável. O cenário polarizado entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revela resistência na vantagem do petista. A maior exposição de candidatos como Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), porém, em sabatinas e debates, é avaliada como um dificultador da escolha pelo voto útil ainda no primeiro turno, o que pode levar a eleição para uma segunda rodada em outubro. Analistas observaram tendência de estabilidade nas intenções de voto em Lula no primeiro turno, enquanto para Bolsonaro a perspectiva é de alta discreta, já que houve uma melhora do desempenho da economia.
Em reunião com deputados na semana passada, Lula chegou a afirmar que a eleição no Brasil “não está ganha”. Informações do Agregador de Pesquisas do Estadão mostram que Bolsonaro está próximo de seu teto nos levantamentos, considerando-se o quanto ele alcançaria nas simulações de segundo turno. Já Lula tem uma maior margem de alcance, mas enfrenta o desafio de conquistar votos que, no primeiro turno, serão disputados por outros candidatos e podem deixá-lo estagnado. Desde o início da campanha, Bolsonaro oscilou dois pontos para cima, chegando a 34%, enquanto Lula ficou em 45%.