Os Estados Unidos levaram aos demais países do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) uma nova minuta de resolução que tem como foco o direito de autodefesa de Israel pelos ataques terroristas cometidos em 7 de outubro. Na condição de presidente do colegiado neste mês de outubro, o Brasil está fazendo consultas aos integrantes do Conselho de Segurança para aperfeiçoar o texto e verificar a possibilidade de aprovação.
A ausência de termos fortes sobre o “direito de autodefesa” de Israel contra o Hamas foi o principal motivo apontado pela embaixadora americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, para vetar a resolução apresentada pelo Brasil na semana passada.
O texto construído pela diplomacia brasileira recebeu 12 votos favoráveis e teve duas abstenções. Os Estados Unidos exerceram o poder de veto detido pelos membros permanentes do Conselho de Segurança. Também detêm essa condição Rússia, China, França e Reino Unido.
O novo texto “reafirma o direito de autodefesa individual ou coletiva, inerente a todos os Estados, como consagrado no Artigo 51 da Carta [da ONU]”. A minuta de resolução também diz que esse direito precisa respeitar o direito internacional e o direito humanitário.
Na avaliação do Itamaraty, o texto está muito focado em críticas ao terrorismo e o documento só tem chances de ser aprovado com um alerta mais firme sobre a necessidade de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde a população sofre com escassez de suprimentos básicos, como água, comida e medicamentos.
O Brasil já fez comentários ao texto e aguarda deliberação dos demais países. A consulta aos membros do conselho é uma forma de buscar consenso e alcançar aprovação, mas os americanos ainda podem decidir por submeter a resolução a voto a qualquer momento.
Fonte: CNN Brasil