Com James Webb, astrônomos descobrem galáxia que não deveria existir

Em artigo publicado na revista Astrophysical Journal Letters no último dia 31 de janeiro, cientistas detalham a descoberta de uma galáxia que não deveria existir. A equipe utilizava o Telescópio James Webb, da Nasa, quando se deparou com uma galáxia anã — em uma região onde eles esperavam não ver nada.

Galáxias anãs são o tipo de galáxia mais abundante no Universo. Elas são pequenas e têm baixa luminosidade, abrigando menos de 100 milhões de estrelas — a Via Láctea, para se ter ideia, tem quase 200 bilhões.

Embora haja diferenças entre as galáxias anãs, elas têm pontos em comum: geralmente, continuam a formar novas estrelas ou interagem com outras galáxias próximas. No entanto, essas características não foram identificadas na galáxia PEARLSDG, descoberta pelos astrônomos de forma inesperada.

A PEARLSDG seria uma galáxia isolada e “adormecida”, que não interage com outras galáxias e contém estrelas antigas – não formando novas. Ela está localizada a 98 milhões de anos-luz, sendo uma das galáxias mais distantes cujas estrelas podem ser analisadas com detalhe.

“Esses tipos de galáxias anãs isoladas e ‘adormecidas’ não tinham sido vistos antes, com exceção de alguns poucos casos”, comenta Tim Carleton, pesquisador da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA. “Não se espera que elas existam, dado nosso entendimento atual da evolução de galáxias, então o fato de vermos esse objeto nos ajuda a melhorar nossas teorias sobre a formação de galáxias”, conclui em nota.

Fonte: Revista GALILEU