Com socorro federal, prefeitos encerram gestão com dinheiro em caixa, mas alívio é de curto prazo

O socorro do governo federal, destinado a reduzir os impactos da pandemia do novo coronavírus, turbinou o caixa dos municípios em 2020. O alívio, no entanto, é apenas de curto prazo. Nos próximos anos, os prefeitos terão de endereçar medidas de ajuste fiscal, em especial no gasto com pessoal, para que os serviços públicos não fiquem comprometidos.

O tamanho da transferência da União para os municípios foi medido em um estudo realizado pelo economista e professor do Insper Marcos Mendes. Ao todo, os prefeitos tiveram um ganho de caixa de R$ 45 bilhões entre janeiro e agosto:

Os gestores foram beneficiados com R$ 43,1 bilhões em transferências federais;

Tiveram R$ 7,4 bilhões em pagamentos de dívidas suspensos; e

Só registraram R$ 5,5 bilhões em perdas com receita tributária.

Mesmo com o aumento de gastos adotado pelos municípios para combater os efeitos do coronavírus, o levantamento mostra que eles ainda teriam uma folga de caixa de R$ 23,9 bilhões.

Fonte: G1