Um estudo da Universidade de Oxford, do Reino Unido, divulgado na segunda-feira (28/06) mostrou que aplicar uma segunda dose da vacina da Biontech-Pfizer em quem recebeu a primeira dose da vacina da AstraZeneca provocou uma melhor resposta imunológica do que aplicar a segunda dose da própria vacina da AstraZeneca. O estudo, denominado Com-COV, comparou esquemas convencionais e mistos de duas doses das vacinas da Biontech-Pfizer e da AstraZeneca e descobriu que, em qualquer combinação, elas produziram altas concentrações de anticorpos contra a proteína spike do coronavírus.
A maior resposta de anticorpos foi observada em pessoas que receberam duas doses da vacina Biontech-Pfizer. Ambos os esquemas mistos produziram respostas melhores do que duas doses da AstraZeneca. Uma dose da AstraZeneca seguida de uma da Pfizer produziu melhores respostas de células T e uma resposta de anticorpos mais alta do que uma dose da Pfizer seguida por uma dose da AstraZeneca.
O estudo teve a participação de 830 pessoas e as doses foram aplicadas com intervalo de quatro semanas.
O Com-COV também está analisando esquemas mistos com um intervalo de 12 semanas entre as doses, já que é conhecido que a vacina da AstraZeneca produz uma resposta imunológica melhor com um intervalo mais longo entre as aplicações.
No Reino Unido, as autoridades sugerem um intervalo de 8 semanas entre as doses da AstraZeneca para pessoas com mais de 40 anos e de 12 semanas para os outros adultos.
“Dada a posição de fornecimento estável do Reino Unido, não há razão para alterar os calendários de vacinação neste momento”, defendeu o epidemiologista inglês Jonathan Van-Tam, acrescentando que os dados do estudo do mix de vacinas com intervalo de 12 semanas influenciariam futuras decisões. Os resultados serão divulgados no próximo mês.
Fonte: DW Brasil