A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Proteção das Mulheres, dos Idosos, Trabalho e Igualdade da Câmara Municipal de Natal realizou uma audiência pública, nesta quinta-feira (25), para debater a reabertura do Centro de Esportes e Artes Unificadas (CEU) de Felipe Camarão, que se encontra fechado. Participaram do encontro representantes da Prefeitura de Natal e do Ministério Público, além de lideranças comunitárias e integrantes de movimentos sociais organizados.
De acordo com Dinarte Rodrigues, engenheiro da Secretaria de Esporte e Lazer de Natal (SEL), a estrutura do CEU precisa de manutenção para voltar a funcionar com qualidade. “Faz-se necessário um processo de recuperação acentuado para que o equipamento esteja em plenas condições. Começa com a limpeza, depois tem a cobertura que apresenta vazamentos, a instalação hidráulica, elétrica e sanitária, a parte de pintura e vidraçaria, a quadra está com problema de oxidação, entre outras demandas”, elencou.
“Trata-se de um trabalho que deve ser coordenado pela Funcarte (Fundação Cultural Capitania das Artes) para que se chegue a uma planilha orçamentária a ser apresentada ao secretário. E a partir daí, se faça a captação de recursos para essa manutenção necessária e urgente. Cabe ressaltar que a gestão do equipamento esportivo e cultural é compartilhada entre Funcarte, SEL e Semtas (Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social)”, completou.
Pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, a promotora da Cidadania Danielle Veras pontuou que a maior dificuldade para o retorno das atividades no CEU está no andamento da reforma estrutural. “Existem reparos de engenharia que precisam ser efetivados pela Prefeitura, além da necessidade de verificar qual a verba existente para que seja gerida por uma das secretarias relacionadas com o tema”, disse ela. “A função do Ministério Público nesta questão é investigativa. A Promotoria abre um procedimento para apurar e documentar as problemáticas envolvidas neste equipamento público, ouvir os gestores de maneira formal e buscar soluções”, concluiu.
Rudnilson Cândido, morador de Felipe Camarão, falou sobre os prejuízos enfrentados pela comunidade com o fechamento da instituição. “A escassez de espaços para que a juventude possa praticar esporte e cultura é um desafio que precisa ser levado a sério pelos governantes porque isso acarreta perdas na qualidade de vida das pessoas. Os moradores estão lutando através de reuniões com o Poder Público, reportagens em diversos veículos da imprensa e ações com os conselhos comunitários. Depois de tudo isso, resolvemos solicitar esta audiência pública na Câmara Municipal para levar a situação ao conhecimento da população da capital potiguar”.
Fonte: CMN