A exploração da superfície de Marte ao longo da última década revelou diversas evidências de água líquida no planeta – o que é um fator importante para o surgimento e a manutenção da vida. A partir disso, outras dúvidas surgiram em relação a como um ambiente possivelmente habitável se transformou no enorme deserto vermelho que vemos hoje.
Uma nova investigação, conduzida por especialistas da Nasa, parece fornecer novos insights sobre a mudança climática que Marte experimento ao longo do tempo. A pesquisa foi liderada por David Burtt, do Goddard Space Flight Center, e rendeu um artigo publicado na segunda-feira (7) na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
O estudo focou na análise da composição de minerais ricos em carbono (carbonatos) encontrados na cratera Gale, região por onde o rover Curiosity tem tripulado nos últimos meses. Para a análise, o estudo considerou dois instrumentos: o Sample Analysis at Mars (SAM) e o Tunable Laser Spectrometer (TLS); ambos estão a bordo do veículo. Enquanto o SAM aquece as amostras até quase 900°C, o TLS analisa os gases produzidos durante o processo.
O interesse pelos carbonatos se dá por sua capacidade de atuar como registro climático. Isso significa que eles retêm informações sobre os ambientes em que se formaram, como, por exemplo, a temperatura, a acidez e a composição da água e da atmosfera naquele momento.
Fonte: Revista Galileu