A queda do regime de Bashar al-Assad deixou um vácuo de poder na Síria. Os vários grupos rebeldes que disputavam o controle do país desde o início da guerra civil, há mais de 13 anos, devem iniciar agora uma transição complexa e formar um novo governo. Até agora, eles estavam unidos pelo objetivo de derrubar um regime sangrento que estava no poder há meio século. Mas suas ideologias e ambições políticas, assim como seus patronos internacionais, são muito diferentes — razão pela qual esse período de transição se torna complicado.
Três milícias principais — o grupo Hayat Tahrir al-Shar (HTS), o Exército Nacional Sírio (ENS) e as Forças Democráticas da Síria (FDS), que servem como um “guarda-chuva” para outros grupos menores — operam na Síria, onde controlam grande parte do território. Soma-se a elas uma profusão de pequenas formações locais em diferentes partes do país, especialmente no sul, e o que restou dos jihadistas do Estado Islâmico, ainda latentes em algumas áreas desérticas do país.
O território que era controlado pelas tropas de Assad está agora em disputa, assim como certos pontos de atrito, onde essas milícias estão lutando entre si pelo controle. A divisão do país começou em 2011, quando uma revolta pacífica contra o presidente sírio Bashar al-Assad se transformou em uma guerra civil em grande escala.
O conflito deixou meio milhão de mortos e se tornou uma guerra por procuração, envolvendo países da região, a Rússia e os Estados Unidos. O controle de cada parte da Síria mudou significativamente desde o início da guerra.
Fonte: BBC Brasil