Segundo o relatório global The Lancet Countdown, devido ao aquecimento decorrente das mudanças climáticas, a dengue tem uma probabilidade de aumentar em até 37% seu potencial de transmissão no mundo inteiro.
Com o objetivo de controlar a tendência de aumento no período sazonal, o Ministério da Saúde reservou investimento de R$ 1,5 bilhão em uma estratégia que inclui uso de novas tecnologias para o controle da doença, além de ter intensificado campanhas educativas. Também foi feita a aquisição de 9,5 milhões de doses da vacina contra dengue para 2025 e, em uma atuação tripartite, parceria estreita com governos estaduais e municipais.
Em acordo com os principais órgãos de saúde internacionais, o Brasil lançou o Plano para Redução da Dengue e de Outras Arboviroses em setembro de 2024. Em colaboração com instituições públicas, privadas e organizações sociais, estão em implementação 6 eixos de ação que incluem prevenção; vigilância; organização da rede assistencial com qualificação de profissionais para diagnóstico e tratamento adequado; e mobilização e comunicação comunitária, considerando que 75% dos focos estão dentro das residências.
O Ministério da Saúde mantém diálogo constante com estados e municípios, tendo realizado reuniões de monitoramento das ações com as unidades federativas e cidades com mais de 100 mil habitantes. No início da gestão, em 2023, foi feita a recomposição dos estoques de inseticidas em todo o país e, agora, com a regularização dos estoques e atendimento das demandas, 100% dos estados estão abastecidos. Para o reforço da vigilância, foram distribuídos mais de 3 milhões de testes para detecção da dengue e outras arboviroses.
Para controle do vírus, o Ministério da Saúde investe no uso de novas tecnologias: destacam-se a ampliação do método Wolbachia; para áreas de difícil acesso, como periferias, a incorporação ao SUS das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs); em aldeias indígenas, o uso da Técnica do Inseto Estéril por Irradiação em aldeias indígenas; e borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em creches, escolas, asilos e locais de grande circulação.