Um novo estudo analisou amostras coletadas no início de 2020 no Mercado Atacadista de Pescados de Wuhan, na China, onde pode ter surgido a pandemia de Covid-19. A pesquisa identificou o vírus Sars-CoV-2 em 73 das 923 coletas ambientais, obtidas dentro e ao redor do local de compras. Os resultados foram publicados por cientistas do governo chinês em 5 de abril na revista científica Nature. O coronavírus surgiu em 2019 e, segundo o estudo, animais suscetíveis ao vírus já estavam no mercado de Wuhan nesse período. Mas as origens da pandemia continuam incertas.
A partir do dia 1º de janeiro de 2020, quando o local foi fechado, 923 amostras foram coletadas do ambiente. Outras 457 coletas foram feitas de 19 espécies de animais a partir de 18 de janeiro — isso incluiu o conteúdo não vendido de geladeiras e freezers, amostras de bichos e de um tanque de peixes. Por meio de testes de reação em cadeia de polimerase em tempo real (RT-PCR), os cientistas notaram que 7,9% das amostras ambientais testaram positivo para o Sars-CoV-2. Mas nenhuma coleta dos animais tinha o coronavírus.
Apesar de nenhuma evidência direta nos animais, os pesquisadores acreditam que no mercado de Wuhan havia espécies com potencial para ter sido infectadas quando o vírus surgiu. Eles confirmaram, por exemplo, a existência de DNA de cães-guaxinim no local, o que não haviam citado em uma análise anterior, publicada em fevereiro de 2022.
Fonte: Revista Galileu