Cientistas sugerem que o mais recente supervulcão descoberto no Sistema Solar pode estar em Plutão, mas não da forma que estamos acostumados. A Cratera Kiladze foi apontada enquanto um criovulcão, tipo de vulcão responsável por moldar a aparência da superfície do planeta anão. A pesquisa publicada em 17 de outubro na plataforma arXiv também ressalta a probabilidade de a atividade eruptiva tenha ocorrido nos últimos milhões de anos, não sendo tão antiga quanto o resto da superfície. O estudo ainda não foi revisado por pares.
O criovulcanismo consiste no envio de “lava” de gelo para a superfície e já foi observado em luas de planetas como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. No caso de vulcões terrestres, materiais do manto são derretidos por um tipo de aquecimento e podem vir a escapar para a superfície – lavas rochosas são mais comuns. A água também pode atuar como lava em condições adequadas para tal, como no caso de Plutão.
Durante seu sobrevoo em 2015, a sonda New Horizons da Nasa adquiriu imagens do planeta anão e encontrou características incomuns. Entre elas, a presença de gelo de água espalhado pela Kiladze. A informação é curiosa porque a maior parte da superfície de Plutão é coberta por gelo de metano e nitrogênio e, além disso, o gelo encontrado continha um composto de amônia. A amônia reduz o ponto de congelamento da água, permitindo que flua como um magma gelado.
Fonte: Revista GALILEU