CURIOSIDADE: Águas mais quentes despertam comportamento mais faminto em peixes, afirma estudo da UFRN

Como a temperatura das águas oceânicas pode impactar a relação entre predadores e presas? De acordo com dados de um artigo publicado na revista Science nessa quinta-feira, 9, os peixes de zonas quentes tendem a comer mais se comparados aos de regiões marinhas frias — abaixo dos 20º C. Um dos efeitos desse apetite voraz é a modificação de características, bem como da quantidade, nas espécies das quais se alimentam. 

Resultado de uma cooperação internacional com cerca de 60 pesquisadores de diversos países e instituições, incluindo cientistas do Brasil, o estudo apresenta um amplo panorama quanto à influência da temperatura das águas na cadeia alimentar. As informações são provenientes de 36 pontos nas costas Atlântica e Pacífica das Américas, desde o polo Ártico até o Antártico, passando pelas zonas tropicais. 

Segundo um dos autores brasileiros do artigo, o pesquisador Edson Vieira, pós-doutorando do Laboratório de Ecologia Marinha (Lecom/UFRN) e professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGECO/UFRN), a investigação sobre a teoria ecológica de que as interações entre espécies se tornam mais intensas conforme se aproxima dos trópicos rompeu as limitações logísticas às quais estava sujeita. Com isso, pela primeira vez, algumas perguntas puderam ser plenamente respondidas. 

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