Peter Thiel, bilionário e cofundador do PayPal, disse que será congelado e preservado quando morrer para que tentem o reviver no futuro. Apesar de ter se inscrito para o congelamento, Thiel diz não acreditar que a tecnologia vá funcionar. O método de congelamento após a morte é conhecido como criogenia e já é usado internacionalmente por clínicas de fertilização e hospitais para conservar partes do corpo humano, como esperma, óvulos, células sanguíneas e embriões.
De acordo com o Instituto de Criogenia de Michigan, nos Estados Unidos, a criônica é uma técnica destinada a salvar vidas e prolongar a vida útil. O procedimento resfria pessoas “legalmente mortas” na esperança de que técnicas científicas futuras consigam, em algum momento, reviver e restaurar estes corpos e órgãos.
Uma pessoa mantida em tal estado é considerada um “paciente criopreservado”, já que o instituto não entende que a pessoa criopreservada é uma pessoa morta.
Para entender a técnica, o g1 conversou com o professor e doutor Francisco Guimarães, pesquisador do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Veja, abaixo, o que se sabe sobre a criogenia:
Como é feita a criopreservação?
Francisco Guimarães explica que a técnica de criopreservação faz o resfriamento de coisas e, no caso de humanos, tem como objetivo diminuir o movimento do corpo humano, de moléculas e, assim, vai retirando a energia térmica que faz as coisas se movimentaram.
“O nosso corpo é formado 70% por água, e a primeira coisa nesse processo é que a gente congela a água do corpo, tudo vai ficando estático, parando, todo o metabolismo responsável pela vida, aquele calor, aquela energia, aquelas moléculas. Tudo se baseia no movimento dessas moléculas, se você congela isso, você para tudo”, comenta o pesquisador.
“É como se você parasse a idade da pessoa, preservando inclusive a degradação”, diz. Isto é, quando uma pessoa morre, o processo natural é o de degradação e, com o resfriamento do corpo, até mesmo as bactérias ficam estáticas, ficam imóveis.
Fonte: G1