Curiosidade: Cientistas refutam hipótese de que cérebro humano diminuiu há 3 mil anos

Em pesquisa publicada no último dia 29 de julho no periódico Frontiers in Ecology and Evolution, pesquisadores colocaram em xeque uma teoria que afirma que o tamanho do cérebro humano teria diminuído há 3 mil anos. Brian Villmoare, especialista da Universidade de Nevada, nos EUA, lidera o novo estudo ao lado de Mark Grabowski, da Universidade John Moores, no Reino Unido. Os dois analisaram o mesmo conjunto de dados utilizado por uma equipe de cientistas em pesquisa publicada em outubro de 2021, também no Frontiers in Ecology and Evolution.

O estudo anterior afirma que o cérebro encolheu por volta do século 12 a.C., na transição para as sociedades urbanas modernas. A hipótese liderada por Jeremy M. DeSilva, da Dartmouth College, nos EUA, diz que a diminuição cerebral ocorreu enquanto os humanos ainda forjavam grandes impérios e desenvolviam novas formas de textos escritos.

DeSilva e sua equipe apontaram ainda que a capacidade de nossos ancestrais de armazenar informações em grupos sociais teria diminuído a necessidade de manter grandes cérebros. A teoria foi baseada em padrões evolutivos de colônias de formigas, incluindo também dados de 987 fósseis humanos e espécimes de museus.

A nova pesquisa sugere, por sua vez, que o sistema nervoso central não se alterou nos últimos 30 mil anos — nem sequer nos últimos 300 mil anos, segundo Villmoare. “Na verdade, com base nesse conjunto de dados, não podemos identificar redução no amanho do cérebro em humanos modernos em qualquer período desde as origens de nossa espécie”, ressalta. em comunicado.

Segundo o estudo mais recente, a ascensão da agricultura e das sociedades complexas ocorreram em diferentes momentos, gerando uma variação das mudanças no crânio em diversas populações. De modo equivocado, os dados de DeSilva se referiam a apenas 23 crânios vitais para marcar essas alterações, agrupando espécimes de locais como Inglaterra, China, Mali e Argélia.

Fonte: Revista Galileu