Uma espécie que habitou a Terra há mais de 330 milhões de anos e parente de alguns dos primeiros animais a andar no planeta vinha intrigando os cientistas sobre a forma que vivia. Um novo estudo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology na terça-feira (2) apontou uma luz para o enigma.
Apelidado de “girino do inferno”, mas identificado com o nome científico de Crassigyrinus scoticus, o animal teve seu crânio reconstruído a partir de fósseis quebrados, os quais revelaram mais sobre a vida desse antigo predador, como possíveis táticas para apanhar uma presa, parecido com um crocodilo. A reconstrução só aconteceu graças à tomografia computadorizada e visualização 3D que possibilitou que as pesquisadoras das Universidades de Cambridge, Bristol e London Global visualizassem a cabeça do animal.
Esta não foi a primeira reconstrução do Crassigyrinus scoticus. Segundo a dra. Laura Porro, da London Global University, e principal autora do novo estudo, a reconstrução feita antes da pesquisa realizada por ela, Jennifer Clack e Emily Rayfield, mostrava que o animal tinha um crânio muito alto. Tal característica o assemelhava a uma moreia, da família de peixes ósseos.
Contudo, quando Porro tentou copiar o formato em uma superfície digital de tomografias, o resultado não foi positivo. “Não havia chance de um animal com um palato tão largo e um teto craniano tão estreito ter uma cabeça assim”, comenta em comunicado.
Fonte: Revista Galileu