Pesquisadores da Universidade de Tübingen e do Centro Senckenberg para Evolução Humana e Paleoambiente (SHEP), na Alemanha, tiveram acesso aos ossos de um urso das cavernas encontrado no sítio arqueológico de Schöningen, se surpreendendo por marcas de corte extremamente específicas nos restos mortais do animal.
Com sinuosidades de cortes no metatarso e na falange, os pesquisadores concluíram que as regiões do corpo tinham pouca carne para o consumo, concluindo que eram feitos para aproveitar o máximo de pele do animal, de forma a realizar uma cuidadosa remoção e usar o material para proteção do corpo contra o frio e ventos.
Visto que o sítio arqueológico é datado do Paleolítico Inferior, ou seja, entre 2,5 milhões de anos a 300 mil anos atrás, trata-se de um dos mais antigos registros da prática na história da arqueologia junto dos sítios de Boxgrove, no Reino Unido, e de Bilzingsleben, também da Alemanha, onde ossos de urso também possuíam tais sinais de esfolamento.